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Les temps changent – Os tempos mudam
Extrait
de "La ville sans mémoire ou l’avenir de l’homme". P-L
Ellenberger, préface du livre "Pourtant Lausanne" Eric
Mathyer 1978
Tradução em português do Brasil depois das fotos
Toute ville sécrète en elle ses mystères, ses
ombres, ses fantômes et ses cheminements; l’usage les précise, le temps les
organise en vertiges humains. Chaque lieu s’associe à mille évènements qui lui
restent fidèles dans la mémoire des hommes.
La maison, la grande rue, l’encoignure et la cour.
Le platane obstiné qui fleurit chaque année, le trajet familier qui te mène à
l’école, la folle angoisse du premier déménagement, et puis l’apprentissage
d’un nouveau quartier.
Et plus tard, les cafés qui ronronnent de rêves, le
soir qui se prolonge en fumerolles vaines : tristesse, songeries quand tu
rentres un peu saoul. Un chat qui te regarde, un vague murmure de fontaine.
Mais insensiblement, sans qu’on y prête
garde, le décor a bougé. Des choses disparaissent, une maison est éventrée, le
trottoir n’a plus sa raison d’être, le platane était vieux, il a fallu l’abattre.
Place au nouveau programme ! décrètent les édiles, une cité va naître,
salubre, organisée, immense jeu de l’oie où chaque case est déjà prête, tu n’as
plus qu’à te laisser faire. On te dira le lieu, le temps et puis aussi combien
ça coûte." (…)

Excerto de "A cidade sem memória ou o futuro do
homem". P-L Ellenberger, prefácio do livro "Pourtant
Lausanne" Eric Mathyer 1978
Toda cidade secreta nela os
seus mistérios, as suas sombras, os seus fantasmas e os seus encaminhamentos: o
uso os precisa, o tempo os organiza em vertigem humano. Cada lugar se associa a
mil acontecimentos que permanecem fiéis a ele na memória dos homens.
A casa, a grande rua, o
canto e o pátio. A árvore, obstinada que refloresce a cada ano, o itinerário
familiar que leva você a escola, a angústia doída da primeira mudança, e
depois, a descoberta de um novo bairro.
E mais tarde, os botecos
ronronando de sonhos, a noite que se estende em fumaças vãs: tristeza,
devaneios quando você volta um pouco bêbado. Um gato olhando para você,
um vago murmúrio de fonte.
Mas, insensivelmente, sem
se dar conta, o cenário mudou. Coisas desaparecem, uma casa é extirpada, a
calçada não tem mais sua razão de existir, a árvore estava velha, foi
preciso cortá-la. Lugar para o novo programa ! decretam os editais, uma
cidade vai nascer, salubre, organizada, gigante jogo da peões onde cada casa já
está pronta, você só tem que deixar acontecer. Será dito a você o lugar, o
momento e também o preço a pagar (...)
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